Sobre o LAPA

O LAPA (Laboratório de Estudos e Práticas da Autogestão), muito modestamente, se propõe como um pequeno círculo de amigo(a)s e camaradas que possuem vínculos, afinidades, afetos e interesses em comum em torno do tema da auto-organização popular, talvez, como uma via possível para a emancipação de todos os subalternos e trabalhadores. Assim, é uma aposta simultânea na amizade e na revolução.

Por hora, o LAPA não se constitui como um coletivo, uma entidade ou uma organização, ainda que em potecial possa vir a ser isso ou outras coisas que nem sequer imaginamos. Como círculo, temos vínculos que nos unem para além do espaço que nos separa. Os estudos e ações que compartilharemos como círculo pode inclusive dar fôlego e alento para a formação e/ou consolidação de iniciativas coletivas e/ou individuais, nos mais distintos lugares onde nos situamos como vizinhos, estudantes, trabalhadores, etc.

A idéia de Laboratório, até agora sugerida, nasce como uma metáfora que se orienta pela dimensão experimentalista que carrega todo laboratório – e isso nos interessa particularmente, experimentar idéias e práticas, aprender e se apropriar do melhor dos processos políticos e sociais dos mais diversos movimentos de liberação que se levantaram contra todas as ordens e esquemas de dominação (inclusive os de esquerda). E mais: nosso laboratório é de bolso, se materializa e desmaterializa segundo determinadas condições ambientais e temperamentais, e talvez seremos muito mais tomados e possuídos pelas experiências do que a dissecaremos e a controlaremos, ao contrário do que ocorre com os homens-de-guarda-pó.

E se nos lançaremos a estudar e praticar a autogestão é porque ela todavia nos parece ser a melhor forma encontrada pelos dominados até hoje para que a terra, os meios de produção, o trabalho e a política (com ou sem o Estado) não se converta em monopólio e privilégio de uns poucos, e logo, instrumento de dominação, opressão e submissão de classe, casta, grupos ou camarilhas. E para isso é importante que nos alimentemos das teorias e narrativas que fundaram a autogestão como um princípio político, e que transcende, aliás, muitos projetos políticos ou ideologias (como o anarquismo e o comunismo); e ao mesmo tempo buscar compreender os caminhos e as vicissitudes das experiências de autogestão que tiveram curso, especialmente, na história moderna.



quinta-feira, 10 de junho de 2010

PACTO À CARMELA

Os Pre Tensos revolucinários
Encrustrados em suas instituições
e
acomodados em seus cargos
são Ornintorrincos
que
contradizem
a prórpria existencia.
Não existe instituição progressista
a única assim
é
aquela que deixou de existir.
Hora ou outra
a instituição
esse lobo em pele de cordeiro
te oprime
enquadra
explora
despreza
e
exige que voce a ovacione
SEM TITUBEAR!!!
As vidas bem vindas
novas
filhos e filhas
dos rebeldes camaradas andantes
nascem libres
pela própria essencia
natural do ser imortal.
Que TODAS energias do cosmos
possam mante-los
imaculados
aS prisões
Que a todo instante
ronda nossa existencia.
Viver
é
Sinonimo de libertar-se
No mundo dos humanos
não há vida,
Há ensaios de vida
aos
poucos entrépidos
que
por vezes
se rebelam.
Não há
quem possa
me dizer
ou
te dizer
"o que fazer"
Faça TU mesmo
quando quiseres
como quiseres...
Bem vinda
Carmela
à vida
e à não vida
Estaremos juntos,
SEMPRE!

3 comentários:

  1. Que lindo, Estevão. Adorei essa parte:
    "No mundo dos humanos
    não há vida,
    Há ensaios de vida"

    Muito bonito, mesmo.

    Tay

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  2. Parábéns E. garcia! Como sempre, vc passando os seus sentimentos de uma forma muito real e sensibilizante...esse é um dom de poucos escritores...valorize-o!

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  3. camarada!

    que mais posso dizer... além de:

    no pasarán, pasaremos!

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