Sobre o LAPA

O LAPA (Laboratório de Estudos e Práticas da Autogestão), muito modestamente, se propõe como um pequeno círculo de amigo(a)s e camaradas que possuem vínculos, afinidades, afetos e interesses em comum em torno do tema da auto-organização popular, talvez, como uma via possível para a emancipação de todos os subalternos e trabalhadores. Assim, é uma aposta simultânea na amizade e na revolução.

Por hora, o LAPA não se constitui como um coletivo, uma entidade ou uma organização, ainda que em potecial possa vir a ser isso ou outras coisas que nem sequer imaginamos. Como círculo, temos vínculos que nos unem para além do espaço que nos separa. Os estudos e ações que compartilharemos como círculo pode inclusive dar fôlego e alento para a formação e/ou consolidação de iniciativas coletivas e/ou individuais, nos mais distintos lugares onde nos situamos como vizinhos, estudantes, trabalhadores, etc.

A idéia de Laboratório, até agora sugerida, nasce como uma metáfora que se orienta pela dimensão experimentalista que carrega todo laboratório – e isso nos interessa particularmente, experimentar idéias e práticas, aprender e se apropriar do melhor dos processos políticos e sociais dos mais diversos movimentos de liberação que se levantaram contra todas as ordens e esquemas de dominação (inclusive os de esquerda). E mais: nosso laboratório é de bolso, se materializa e desmaterializa segundo determinadas condições ambientais e temperamentais, e talvez seremos muito mais tomados e possuídos pelas experiências do que a dissecaremos e a controlaremos, ao contrário do que ocorre com os homens-de-guarda-pó.

E se nos lançaremos a estudar e praticar a autogestão é porque ela todavia nos parece ser a melhor forma encontrada pelos dominados até hoje para que a terra, os meios de produção, o trabalho e a política (com ou sem o Estado) não se converta em monopólio e privilégio de uns poucos, e logo, instrumento de dominação, opressão e submissão de classe, casta, grupos ou camarilhas. E para isso é importante que nos alimentemos das teorias e narrativas que fundaram a autogestão como um princípio político, e que transcende, aliás, muitos projetos políticos ou ideologias (como o anarquismo e o comunismo); e ao mesmo tempo buscar compreender os caminhos e as vicissitudes das experiências de autogestão que tiveram curso, especialmente, na história moderna.



sábado, 20 de fevereiro de 2010

ERRICO MALATESTA


´´As sociedades humanas nao podem ser criação artificial de um só homem ou de uma unica seita, se quisermos que sejam a vida em comum de homens livres que cooperam para o bem maior de todos. Nada que venha dos conventos ou de autoridades despóticas sustentadas por uma supertição religiosa ou pela força bruta. Elas devem ser decorrencia das necessidades e das vontades, convergentes ou divergentes, de todos os seus membros que, fazendo e refazendo a tentativa, encontrem as instituições que, em um dado momento, sejam as melhores possivéis, as desenvolvam e as modifiquem na medida em que mudem as circustancias e as vontades. Pode-se, pois, prefirir o comunismo, o individualismo ou o coletivismo, ou qulquer outro sistema imaginável e trabalhar, pela propaganda e o exemplo, para o triunfo destas aspirações, contudo é necessarop precaver-se, sob pena de de um desastre iminente, de pretender que seu proprio sistema seja o unico sistema infalivel, valido para todos os homens em todos os lugares e em todos os tempos, e de que é preciso, a qualquer preço, garantir seu sucesso por meios que não sejam a persuasão que nasce da evidencia dos fatos. Garantir a todos os meios de que os homens sejam livres: eis o que importa, o que é insdispensavel, a base de tudo. ``





´´Aquele que pode adaptar-se e viver contente entre escravos e tirar proveito do trabalho de escravos é e não pode ser anarquista``


´´É Anarquista, por definição, aquele que não quer ser nem oprimido nem opressor, aquele que quer o máximo de bem-estar, o máximo de liberdade, o maior desenvolvimento possivél para todos os seres humanos``

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